Essa é fruta de raiz, selvagem, daquelas que se colhe direto do arbusto - ou da árvore nesta analogia, pois assim é possível romantizar o fato de que a colheita é uma aventura. Perigosa escalada rumo ao topo, pois não há outro lugar para ela senão o mais alto dos pódios - ou galhos, no caso. A copa da mais alta amoreira.
Matura, digo, madura, esta fruta me conquistou com seu perfume - que até cumaru lembra - e com a leveza de sua essência. Digo isto pois nesta mistura também há o azedo para balancear com dulçor diário, evitando que se enjoe.
O que me resta? A mim cabe esperar que essa amora me veja como fruto da mesma família botânica, para que um dia possamos construir - ou melhor, plantar - nossa própria árvore, levando vida e amor a este grande campo em que vivemos. E para finalizar, eis minha lista de amoras:
- Amora preta silvestre, de árvore, casca sensível com interior firme, cercada de companheiras e bem protegida dos predadores, doce com leve azedume, igual bala Fini.
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